Dedicada exclusivamente ao vestuário masculino, Inês Duvale licenciou-se em Design de Moda, pela Universidade da Beira Interior e fez uma pós-graduação na ESAD. Na sua estreia na ModaLisboa, apresentará "Karma".
O que há de tão apelativo na roupa de homem?
É fácil para uma mulher desenhar para homem?
Sim, porque o corpo de um homem é muito mais recto, não há tantas curvas. Além disso, o meu grupo na faculdade era maioritariamente masculino, por isso sempre houve um grande contacto com o vestuário de homem.
Nos último anos, o interesse na moda masculina tem vindo a crescer bastante. Como vês este crescimento?
A moda masculina está a evoluir e neste momento há realmente muito interesse. O homem está mais consumidor e a oferta acompanhou essa tendência. Houve uma aposta nesse mercado porque os homens hoje em dia não têm medo de assumir riscos.
Tu tens estado a trabalhar com um dos designers portugueses mais importantes, o Ricardo Andrez. Como tem sido essa experiência?
Eu tenho noção de que tive muita sorte. Quando saímos da faculdade sabemos muito pouco e eu tive contacto directo com este mundo. Na altura em que comecei a trabalhar com o Ricardo, havia um conjunto de pessoas a ajudar noutras áreas, como a parte de fotografia, do styling e da comunicação, todas a trabalhar no mesmo espaço.
Além disso,
ele sempre me integrou no processo e levava-me às fábricas e às reuniões para
eu perceber como realmente as coisas aconteciam. Basicamente, tudo o
que não é teórico, eu aprendi com o Ricardo.
Como é desenvolver as duas colecções, a tua e a do Ricardo Andrez, ao mesmo tempo?
Eu não quero ser uma versão do Ricardo. Eu trabalho com ele, ajudei a desenvolver a colecção dele, mas a minha é uma coisa à parte. Nesta colecção, em particular, foi fácil porque a colecção dele e a minha têm estéticas muito diferentes e porque eu trabalhei mais a parte feminina da colecção do Ricardo.
Como é desenvolver as duas colecções, a tua e a do Ricardo Andrez, ao mesmo tempo?
Eu não quero ser uma versão do Ricardo. Eu trabalho com ele, ajudei a desenvolver a colecção dele, mas a minha é uma coisa à parte. Nesta colecção, em particular, foi fácil porque a colecção dele e a minha têm estéticas muito diferentes e porque eu trabalhei mais a parte feminina da colecção do Ricardo.
Qual foi o ponto de partida para a colecção "Karma"?
Esta colecção é muito pessoal e tem a ver com o momento por que estava a passar. Não há propriamente uma inspiração... É uma colecção oversized, minimalista, sportswear e com muito pormenores subtis. É uma colecção que tem muito a ver comigo e em que eu acredito.
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What’s so appealing about menswear?
I think menswear isn’t very developed yet and that was the challenged I decided to take up. In college, I have only studied pattern making for menswear and that was the starting point. I decided to focus on men’s clothes, so much that my graduation collection was exclusively masculine.
Is it easy for a woman to design for men?
Yes, because of the man’s body shape, which doesn’t have many curves. Besides, in college, my group of friends was composed mostly by guys, so I was always in contact with men’s clothes.
In the last years, the focus on menswear has been growing. Why is it?
Menswear has been evolving and right now the interest is huge. Men are consuming more and more, so the supply is also increasing. It is a strong market, because men tend to be less afraid of taking risks in what they wear.
You have been working with one of the most relevant Portuguese designers… How is it to work with Ricardo Andrez?
I know that I was really lucky. We don’t know that much after college and I had the opportunity to be in touch with the real world thanks to him. When I started working with Ricardo, there were people helping him with other areas of the industry, such as photography, styling and communications. They were all working in the same place. Besides, he has always made me a part of the process and would take me to meetings and to factories, so I would realize how things really work in the business. Basically, all the practical side of the industry, I learned it from him.
Is it easy to work on two different collections at the same time, yours and Ricardo's?
I don’t want to be a version of him. I do work for him and helped Ricardo in his collection, but mine is something different. It’s another story. In this collection in particular, it was easy because we are talking about two very different aesthetics and because I was more focused on his women’s collection.
What was the starting point of this collection?
This is a very personal collection and it has a lot to do with the specific moment in time it was designed. There isn’t a clear inspiration… It’s a oversized, minimalistic sportswear collection, with a lot of subtle details. It’s a collection that is very me and in which I truly believe.
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