Na sua terceira participação na plataforma Sangue Novo, Catarina Oliveira apresenta agora "Search", uma colecção que resulta da busca do que torna cada indíviduo único e da relação de cada um com o mundo.
Como tem sido a reacção às colecções que
tens vindo a apresentar na ModaLisboa?
Tem sido
muito positiva, nem que seja pelo facto de ser a terceira vez que sou
seleccionada para apresentar na plataforma Sangue Novo. É um sinal de que o meu
trabalho tem estado a evoluir e a corresponder às expectativas. Participar pela
terceira vez significa que estou a conseguir desenvolver a marca e é isso é o
mais importante para mim.
A tua última colecção foi seleccionada para
participar no FASHIONCLASH, uma plataforma internacional dedicada a jovens designers. Como foi essa experiência de
participar num evento de moda internacional tão importante?
Foi óptimo!
Quando concorri, não tinha as expectativas muito altas e fiquei em êxtase
quando recebi o email a dizer que tinha sido seleccionada! O ambiente do
festival é óptimo e foi muito interessante poder ver o trabalho dos outros designers.
O que aprendeste com essa experiência?
Aprendi,
acima de tudo, que não custa tentar. Se não tentarmos, nunca vamos saber se
seríamos seleccionados ou não. Temos que sair da nossa área de conforto... É um
investimento que fazemos, tanto a nível de tempo, como de dinheiro, mas vale a
pena.
Esse caminho de apresentar colecções lá
fora e de internacionalizar a marca é um objectivo?
Sim, é um
objectivo. É nisso que estou a trabalhar agora, a começar a internacionalizar a
marca e a tentar marcar presença noutros mercados, seja através de
oportunidades como o FASHIONCLASH, seja através das vendas.
Dirias que as tuas colecções apelam mais ao
público internacional do que ao público português?
Eu acho que
sim, porque a mentalidade lá fora é mais aberta e as pessoas não têm medo de
usar peças fora do comum. As pessoas conseguem sair da área de conforto e não
se importam com o que as pessoas pensam, desde que se sintam bem.
Qual foi o ponto de partida para esta nova
colecção?
A colecção
começou com a busca daquilo que faz com que cada um de nós seja único, aquilo
que nos distingue um dos outros. O objectivo era tentar trabalhar essa
individualidade na relação com o mundo. Ao nível genético, aquilo que nos
distingue, é o ADN e foi isso que explorei, daí que tenha criado prints de impressões digitais, da
textura da pele e de cabelo.
Tu estiveste presente em todas as edições
do Sangue Novo. O objectivo é passar para a plataforma principal da ModaLisboa?
Sim, esse
será o passo a seguir. O Sangue Novo é uma plataforma muito boa, mas o meu
objectivo é lutar sempre por mais e continuar a crescer como designer e a desenvolver a marca. Passo
a passo, num futuro próximo, esse é o objectivo.
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In her third presentation at the Sangue Novo platform, Catarina Oliveira will present "Search", a collection about the process of discovering what makes each individual unique and its relationship with the world.
What has been the reaction to the collections you have been presenting
at ModaLisboa?
It’s been very positive, taking into
account it is the third time I have been chosen to present at Sangue Novo. It
shows that my work has been evolving and meeting the expectations. Being here
for the third time means that the brand is also evolving and that’s the most
important for me.
You have also presented your last collection at FASHIONCLASH, a platform
for the new generation of designers. What was that experience like?
It was great! When I applied, I
didn’t have a lot of expectations and was ecstatic when I read the email saying
that I had been selected! The atmosphere was great and it was really
interesting to see the other designers’ work.
What did you learn from that experience?
Most of all, I learned that we
should try. If we don’t try, we’ll never know if we’ll be selected or not. We
need to get out of our comfort zone! It takes time and money, but it’s totally
worth it.
Internationalization is the way to go?
It is a goal. That’s what I am
working on now. I want to internationalize the brand, present in other
platforms and sell to an international audience.
Are your collections more appealing to an international audience than to
the Portuguese market?
I think so. Elsewhere people aren’t
afraid of wearing something uncommon, something different. People get out of
their own comfort zone and don’t care about what people think, as long as they
feel good about themselves.
What was the starting point of this new collection?
This collection started with the
search of what makes each of us unique, that one thing that sets us apart. My
goal was to explore individuality and its relationship with the outside world.
Genetically, what makes us unique is DNA and that’s what I explored. That’s why
I created various prints based on fingerprints, hair and skin.
You presented in all three Sangue Novo editions. Is it a goal to have
your own runway show in the main platform?
Yes, that’s the next step. Sangue
Novo is a great platform for young designers, but my goal is to keep evolving
as a designer and as brand. Step by step, that is the goal.
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