Friday, February 28, 2014

ModaLisboa | Sangue Novo: Cristina Real


Cristina Real nasceu em 1989, em Lisboa, e em 2009 rumou ao Porto para estudar Design de Moda. Na plataforma Sangue Novo vai apresentar “Interrupção”, uma colecção resultante de “uma paragem, de um momento em que começamos a reflectir sobre quem somos, o que queremos fazer e qual é a nossa referência”.

Qual é a primeira recordação de moda que tens?
A minha mãe fez um curso de alta-costura em Paris quando era mais nova... Ela não exerce porque, afinal, não gosta e eu acabei por seguir o caminho dela. Foi um bocado estranho. As minhas primeiras recordações de moda vêm da minha mãe. Aliás, esta colecção vem um bocadinho dela. Quando estava a preparar as ilustrações, fiz o rosto e pensei “parece-me a minha mãe”...

Qual é o conceito desta colecção?
O conceito é um bocadinho abstracto. Surge a partir de uma mente em branco, do vazio, em que tudo acontece através de um ponto, que se transforma em linha até chegar à forma. O que é interessante neste conceito é não haver uma obrigação, é a liberdade... a liberdade da linha, da forma, da expressão, do pensamento, da criatividade. É não haver nenhuma imagem.
O conceito é muito, muito importante para mim. É preciso explorar até à exaustão para que as coisas surjam e evoluam.

Neste caso, é um conceito bastante abstracto, não há uma inspiração clara, marcada...
Ver uma colecção em que o conceito é muito evidente ou em que se sabe qual foi a inspiração pode levar as pessoas a ficarem só com aquilo. Eu acho interessante quando as pessoas vêem a colecção e tentam perceber o que aconteceu, como é que eu cheguei ali... Gosto quando tentam perceber a minha linha de raciocínio e chegar a outros caminhos. É importante não haver uma paragem, é realmente importante a pessoa tentar conectar-se com aquilo e tentar perceber.

O papel da moda é esse? É fazer com que as pessoas pensem?
Completamente! Quando uma pessoa vai a uma galeria e vê um quadro... Passam por ali imensas pessoas e cada uma teve uma ideia diferente e às vezes nem chegam a ter a mesma ideia do autor. E é isso que é importante: dar continuidade a algo que já existe, explorar essa forma. É isso que eu quero dar a entender com esta colecção.

O que te fascina na moda?
A moda pode envolver qualquer outra coisa. Na moda, podemos inspirar-nos na pintura, na arquitectura, em tudo. Foi isso que me cativou ainda mais: através de uma simples roupa, podemos ir buscar todos aqueles elementos que nos fascinam.
Esta colecção adapta-se a qualquer pessoa, a qualquer estilo. Para mim, as colecções não têm que ter uma faixa etária como alvo. As pessoas têm que sentir-se livres. Não interessa o estilo da pessoa, a colecção adapta-se a qualquer indivíduo.

Não tens um público em mente quando crias?
Não existe limite. Esta colecção foi feita a pensar no mundo. Ela é livre... Foi pensada em tantas pessoas, em tantos povos, em tantas culturas que acaba por ser um ponto de união.
Actualmente, a moda atrai todos os públicos. Por que não pensar em todos? Por que havemos de ter um público-alvo? O importante nas minhas peças são os detalhes, não a peça em si.

Teres uma marca própria seria a forma de poderes explorar essa liberdade?
Eu gostava de ter uma marca, mas sinto que tenho que aprender mais. Sinto que tenho muito para aprender... Apresentar uma, duas ou até cinco colecções não é o essencial, não com a minha idade...

A nossa geração tem muita pressa. Nós temos pressa de fazer com que as coisas aconteçam, de chegar às coisas...
Porque está tudo muito rápido!

E tu tens exactamente o processo oposto...
Eu não tenho pressa. Eu faço as coisas com calma. A minha oportunidade surgiu agora, dois anos depois de acabar o curso. Esse tempo foi importante, fez-me conhecer pessoas, reflectir. Por que é que tem que ser ? Tudo acontece ... Claro que temos que estar preparados para entrar, caso haja uma oportunidade. Se uma porta se abre, não podemos ficar ali a pensar...

A ModaLisboa é uma porta que se abriu?
É uma porta que se abriu e eu entrei! Ser aceite na ModaLisboa é um voto de confiança. É agarrá-lo e ir, dar 100% de nós. E é não ter medo, não ter medo de falhar, não ter medo da reacção das pessoas. As opiniões são muito importantes. É importante ouvir “não” ou ouvir “eu não gosto”. Principalmente numa fase em que estou a começar porque são essas pessoas que me dão força e me fazem pensar.

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Cristina Real was born in 1989, in Lisbon. In 2009, she moved to Porto to study Fashion Design. “Interrupção” [Interruption] is the collection that she will be presenting at Sangue Novo, a collection that results from “a stop, a moment in which we start to reflect about who we are, what we want, what we want to do and what our reference is”.

What’s your earliest memory of fashion?
My mother took an Haute Couture course in Paris when she was younger… She doesn’t work in fashion because, after all, she doesn’t like it that much but I ended up following that path. It’s a little weird... My first memories of fashion come from my mother. Actually, this collection comes partially from her. When I was preparing the illustrations, I drew the face and thought “it looks like my mum”…

What’s the concept of this collection?
The concept is a little bit abstract. It comes from a blank mind, the emptiness, where everything starts from a point, which will transform into a line until it reaches its ultimate shape. The interesting part about this concept is that there is no obligation, there’s only freedom… the line, the shape, the expression, the thought, the creativity, they are all free. It’s interesting that there isn’t one specific image.
The concept is very, vey important to me. It needs to be explored to the very limit in order for things to come up and evolve.

In this case, your concept is very broad, there isn’t a clear inspiration…
Seeing a collection whose concept or inspiration is clearly evident may lead people to conform. I find it interesting when people see a collection and try to understand what happened, how I got to that point. I like it when people try to understand the way I think and get to other paths. It’s important when there are no stops, it’s really important that people try to connect with what they are seeing and understand it.

Is that the role of fashion? To make people think?
Totally! When someone goes to a gallery and sees a painting… Many people take a look at it and each one of them may have a different idea about it, and it may not coincide with the actual painter’s idea. That’s the important part: to give things continuity, explore the shape. That’s what I want to transmit with this collection.

What is it that fascinates you about fashion?
Fashion may involve anything. In fashion, we can get inspiration from paintings, from architecture, from everything. That’s what fascinated me the most: through a simple piece, we can bring together all the elements that fascinate us.
This collection is for everyone, for every style. For me, collections don’t need to have a target, a specific audience. It’s not about someone’s style because this collection adapts to everyone.

Don’t you have a specific person in mind when designing?
There are no limits. This collection comes from the world. It’s a free collection… It was inspired by so many people and so many cultures that it ends up being a meeting point.
Right now, fashion attracts all sorts of audience. Why not think of everyone? Why should we have a specific target in mind? The important thing in my collections is the details, not the piece itself.

Having your own brand would be the way to explore that freedom?
I would like to have my own brand, but I feel that I need to learn more. I feel there’s a lot more for me to learn… Presenting one, two or even five collections is not the most important thing, not at this age.

Our generation lives life in a hurry. We want to make things happen very quickly, achieve our goals immediately…
Because everything happens really quickly nowadays!

But you have the exact opposite process…
I don’t live in a hurry. I do things calmly. I had my opportunity now, two years after graduating. That period of time was important, as it allowed me to meet people, to reflect. Why does everything have to happen now?  Everything happens now… However, we need to be ready to take advantage of it, if we have an opportunity. If there’s a door of opportunity, we can’t just stand there thinking…

Was that what happened with ModaLisboa?
The opportunity knocked at the door and I opened it! This is a vote of confidence. I need to take this opportunity and make the most out of it. And not be afraid, not be afraid of failing, of people’s reaction. Opinions are very important. It’s important to hear “no” or “I don’t like it”. Especially because I am just starting and that’s what keeps me going and makes me think.

Thursday, February 27, 2014

ModaLisboa | Sangue Novo: Nair Xavier

Com origens angolanas, Nair Xavier nasceu em Lisboa, em 1989. Em 2008 partiu para Londres, onde se licenciou em Fashion Design Technology pelo London College of Fashion. Agora, Nair Xavier é uma das jovens designers seleccionadas para apresentar na plataforma Sangue Novo.

Qual é a primeira recordação relacionada com moda que tens?
A primeira, primeira? É a Cinderela! A parte em que os passarinhos lhe estão a fazer o vestido. Logo aí surgiu qualquer coisa. Foi desde muito criança que surgiu o desejo... Eu cresci a dizer que ia ser designer de moda. Nas aulas, em vez de prestar atenção, ficava a desenhar nos livros...

Qual foi o impacto de Londres na tua carreira?
Estudar em Londres alargou-me o campo de visão em termos de criatividade porque é uma cidade muito aberta, encontra-se o mundo todo lá. Aqui em Portugal, as pessoas vestem-se como se houvesse um uniforme, é tudo muito igual, muito parecido. Em Angola, acontece o mesmo... Londres mostrou-me que posso ser diferente, que tenho liberdade para isso, que não há limites.

Esta colecção é inspirada nos pinguins e nos icebergues. O que te cativa nestas realidades?
Quando estamos a criar uma colecção de moda, a última coisa em que devemos pensar é que isto é moda... Não podemos criar uma colecção com peças na cabeça porque acabamos por ficar presos e vamos sempre ter a algo que já foi feito. Se pegarmos em algo mais abstracto, é muito mais fácil criar inovações. Nunca fui grande fã de pinguins... Encontrei uma foto num site e pensei “olha, isto era interessante”...

De que forma é que essa inspiração se revela nas peças?
Em termos de cortes e das formas... As formas anatómicas dos pinguins foram utilizadas ao longo das peças e penso que no desfile essa silhueta é reconhecível.  A paleta de cores também é muito fiel à inspiração... Há muita cor, é uma colecção muito colorida!

Tu desenhas exclusivamente menswear. O que há de tão atractivo na roupa de homem?
Tudo! Em termos de roupa de senhora já está tudo criado, o que podemos fazer é reinventar uma peça ou outra... Na roupa de homem ainda há muito a explorar dentro do comum.
A roupa de homem é mais simples em termos de design, mas não de confecção. Atrai-me muito a construção clássica, a alfaiataria... Reutilizar essa construção em termos mais modernos, misturar a alfaiataria com o sportswear... A esse nível ainda há muito que podemos desenvolver.

Há todo um novo interesse na moda masculina nos últimos anos. Como vês este fenómeno de crescimento?
Houve uma evolução do próprio homem. De há uns 10 anos para cá, a forma de vestir dos homens mudou muito. Muito mesmo! Principalmente em Portugal, o homem deixou de ser tão tradicional.
A própria moda democratizou-se, deixou de ser para alguns e passou a ser para todos. Isso também influenciou a aceitação de novas tendências e de novas maneiras de vestir e o homem acompanhou isso.

O que esperas conseguir com esta colecção e esta oportunidade de participar na ModaLisboa?
A abertura de portas é muito difícil para um jovem designer... Ter uma oportunidade destas para se lançar e ganhar visibilidade é muito importante. É preciso agarrar esta oportunidade com unhas e dentes porque não é todos os dias que se consegue apresentar na ModaLisboa. O objectivo final é continuar e estabelecer uma marca própria!

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Nair Xavier, whose roots are in Angola, was born in Lisbon, in 1989. In 2008, she left Portugal to attend the London College of Fashion, where she graduated in Fashion Design Technology. Now, Nair Xavier is one of the designers selected to present at “Sangue Novo”, Lisbon Fashion Week’s platform dedicated to young designers.

What’s your earliest memory of fashion?
The very first? Cinderella! When the birds are sewing her dress… It triggered something. I felt that connection from a very early age. I grew up saying  I would be a fashion designer. I would not pay attention to classes… I would draw, instead!

How important was London in your career?
It broadened my vision as far as creativity is concerned. London is a very open-minded city, there’s people from all over the world there. Here in Portugal, people all dress the same, as if there is a uniform. In Angola it's the same. London showed me that I can be different, that I have freedom, that there are no limits.

This collection was inspired by penguins and icebergs. What attracted you in these realities?
When we are creating a collection, the last thing we should think is “this is fashion”… We cannot create a collection with this in mind because we will get stuck with that and create something that has already been made. If we start with something more abstract, it’s easier to innovate.
Actually, I was never a big fan of penguins… I just found this photo on a website and thought “well, this might be interesting”…

How does that translate into the collection?
In the shapes and silhouettes. I used the anatomic shape of the penguin throughout the collection and I think it will be recognizable during the runway show. And the color palette is also really true to the inspiration. There is a lot of color!

You only design menswear. What’s so attractive about it?
Everything! As far as womenswear is concerned, everything has been already created, the only thing we can do is reinventing one piece or another. However, there is a lot of room to explore in menswear.
Menswear is simpler when it comes to design, but the construction is more difficult. The classical construction, the tailoring, it really attracts me. Rethinking that construction in a more modern way, mixing up tailoring and sportswear… there’s a lot to do!

There’s been a renewed interest in menswear in the last years. How do you see this phenomenon?
There’s been an evolution. In the last decade, the way men dress has changed a lot. A lot, really! Especially in Portugal, men are now less traditional.
And there’s been a phenomenon of democratization in fashion. It's no longer just for some people; fashion today is open to everyone. That has also influenced the acceptance of new trends and new ways of dressing. And men took that train.

What do you expect from your participation in ModaLisboa?
It’s very difficult for a young designer to give the first steps in fashion… Having an opportunity like this to start and get attention is really important. We need to take full advantage of it because it’s not something that comes along every single day. My goal is to go on and create my own brand!

Wednesday, February 26, 2014

ModaLisboa | Sangue Novo: Patrick de Pádua



Nasceu no Liechtenstein, em 1988, e chegou a Portugal com 12 anos. Depois de terminar o curso de Design de Moda no MODATEX, Patrick de Pádua é um dos designers seleccionados pela ModaLisboa para integrar a plataforma Sangue Novo.

Como começou a tua carreira na Moda?
Eu comecei por estudar Hotelaria, quando tinha 16 anos... Estive lá dois anos. No início pensei “vá, vou aguentar um ano”... Depois foi “mais um, pronto”... Mas não consegui. Entretanto, fiz um curso de Verão no MODATEX, no Porto, e foi aí que percebi que era isto que queria fazer.

A colecção B#88, que vais apresentar na ModaLisboa, anda muito à volta dos bomber jackets...
Anda toda à volta do bomber!

Porquê?
A minha colecção de final de curso foi focada no capote alentejano. Desta vez, decidi focar-me no bomber. É a peça central da colecção. O resto são peças mais básicas, que seguem uma linha sportswear/streetwear.

Esta colecção é exclusivamente para homem. Gostavas de experimentar fazer roupa para mulher?
Neste momento, quero focar-me na roupa para homem. Se um dia conseguir criar uma marca, gostava de fazer colecções para senhora. Só que para isso é preciso uma equipa, uma marca própria.
A parte mais difícil de uma marca é o marketing, a parte de promoção. Um designer pode criar a coisa mais extraordinária... Se ninguém souber quem ele é, de que serve?

Gostavas de ter uma marca própria no futuro?
Eu estou a fazer tudo por etapas. Acabei o curso, inscrevi-me no concurso Sangue Novo e fui seleccionado. Até Março, é nisso que estou focado.

Mas é um objectivo?
Claro que um designer gostava de ter uma marca própria... É mais fácil dizer “vou criar uma marca” do que realmente fazê-lo. Há muitas despesas associadas a ter uma marca própria e eu não queria abrir mais um atelier. E sem ter muita experiência na indústria... onde é que um jovem designer vai mandar fazer as peças, se não conhece as fábricas nem a forma como trabalham? Vai pesquisar no Google...?

Trabalhar na indústria é uma vantagem?
É mais fácil trabalhar a marca própria depois de fazer um estágio, de trabalhar na indústria, de conhecer as pessoas. Tudo isso ajuda! Estar em contacto com a indústria facilita muito mais. Temos o contacto das pessoas, sabemos quem elas são. Quando surge um problema com a colecção, pego no telemóvel e ligo. Ou até vou à fábrica. Eu tenho a sorte de estar a desenvolver a minha colecção no Porto. Se for preciso, vou directamente à fábrica procurar o tecido de que preciso, por exemplo, o que torna tudo mais fácil.

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Born in Liechtenstein in 1988, Patrick de Pádua came to Portugal at the age of 12. After just graduating from MODATEX, in Lisbon, he is one of the young designers selected to present at Lisbon Fashion Week’s platform “SangueNovo”.

When did you realize you wanted to be a fashion designer?
I started studying Hospitality when I was 16. Stayed there for two years... In the beginning I thought “OK, I’ll stay here for one year”… Then I thought “Just one more year"… But I couldn’t do it. After that I took a Summer Course at MODATEX and that’s when I realized fashion was what I wanted to do.

The collection you will present at Lisbon Fashion Week, B#88, is highly focused on the bomber jacket...
It’s all about the bomber jacket!

Why is that?
My graduation collection was focused on the capote alentejano [traditional outerwear garment from Portuguese region Alentejo]. This time, I decided to focus on the bomber jacket. It’s the central piece of the collection. The rest are more basic sportswear/streetwear pieces.

For this collection you have only designed menswear. Would you like to venture into womenswear?
Right now, I want to focus on menswear. If someday I manage to have my own brand, I would like to try it. But to do that, I would need a team, a brand.
The hardest part when creating a brand is marketing and promotion. A designer can create the most amazing piece… If no one knows who he is, what is it worth?

Would you like to have your own brand?
I like to do things step by step. I just graduated and now I was selected to present at Lisbon Fashion Week. Until March, that’s all I am thinking about.

But is it a goal?
Every designer would like to have his own brand. But it’s easier said than done. You have many expenses when you have your own brand and I didn’t want to open just another atelier. And without much experience in the industry… where is a young designer going to produce the collection, if they don’t know the factories or how they work? Are they going to Google it…?

Working in the industry is an advantage?
It’s easier to manage your own brand after taking an internship or having a job in the industry, after meeting people. It all helps! Being in touch with the industry helps a lot. We get to know people, get acquainted. When something comes up, I just grab my cell phone and call them. I may even go to the factory! I am really lucky that I am creating my collection in Porto. If I need to, I just drive to the factory to find the fabric I am looking for. It makes everything so much easier…

Wednesday, February 26, 2014

Sangue Novo @ ModaLisboa

Depois de recuperada na edição anterior, a ModaLisboa volta a apostar na plataforma Sangue Novo, dedicada à promoção de jovens designers portugueses. 

Nesta edição, que decorre entre os dias 7 e 9 de Março, poderemos ver as colecções de 2ID (por Sara Seidi e Rúben Damásio), Catarina Oliveira, Cristina Real, Ina Koelln, Nair Xavier, Olga Noronha, Patrick de Pádua e Sofia Macedo.

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After making a comeback last edition, Sangue Novo [New Blood] is part of Lisbon Fashion Week's calendar again. The platform created by ModaLisboa gives young designers the opportunity to present their collections.

The designers presenting in this edition are 2ID (by Sara Seidi and Rúben Damásio), Catarina Oliveira, Cristina Real, Ina Koelln, Nair Xavier, Olga Noronha, Patrick de Pádua e Sofia Macedo.

Friday, February 21, 2014

In the news...

These are really sad news... Felipe Oliveira Baptista, Lacoste's creative director, announced today that he will put his eponymous line "on hold for an undetermined period of time".

According to Agence France-Presse, this also means that his runway show, scheduled for next Wednesday during Paris Fashion Week, has been cancelled. 

The post on his official Facebook page states that Felipe and Séverine (his wife and co-founder of the brand) "will most likely venture into another design or creative field", before concluding that "It's the end of a chapter, not the book".

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É uma notícia triste. Felipe Oliveira Baptista, director-creativo da Lacoste, acaba de anunciar que decidiu suspender a sua marca homónima "por tempo indeterminado".

Segundo a agência France-Presse, este anúncio implica também o cancelamento do desfile da marca agendado para a próxima quarta-feira, durante a Semana de Moda de Paris.

A mensagem publicada na página oficial da marca no Facebook, adianta que Felipe e Séverine (esposa do designer e co-fundadora da marca Felipe Oliveira Baptista) poderão desenvolver novos projectos noutras áreas, concluindo que "Isto é o fim de um capítulo, não do livro".