Depois de ter vencido a última edição do
concurso Samsung Ego, a marca DavidCatalan volta à plataforma da Mercedes-Benz
Fashion Week Madrid para apresentar “No Signal”.
Qual foi o ponto de partida para esta
colecção?
A principal
referência são as interferência que acontecem nas televisões. A partir daí
surgiu a expressão “No Signal”, que acabou por dar nome à colecção. Depois foi
explorar um pouco este conceito para o aplicar nas peças.
E como é que esse conceito se revela na
colecção?
É
principalmente através nos materiais. Há pequenos defeitos propositados, feitos
por nós em alguns materiais e também criámos manchas em alguns tecidos. O denim laranja, por exemplo, também não é
homogéneo, tem partes mais claras.
A paleta de
cores vai do nude ao castanho e passa pelo vermelho, que é a cor principal, numa
referência ao “ruído vermelho”.
Há alguma relação entre esta colecção e a
“Coverless”, que apresentaste em Setembro?
Todas as
nossas peças têm muitos detalhes, essa é uma parte que trabalhamos sempre. Nesse
sentido, são parecidas porque são muito detalhadas e porque têm acabamentos
parecidos. Continuam a ser peças oversized
e voltamos a ter um vestido-capa, que é quase como um fetiche meu. Vê-se que
são peças minhas, mas são colecções diferentes, claro.
Há algo que se destaque nesta colecção?
Eu acho que
o que nos destaca e uma das coisas que nos fez ganhar a edição anterior do
concurso é o facto de gostarmos de interagir com os materiais. Em vez de usar o
material sempre da mesma forma, tentar aplicar novas técnicas para que o mesmo
material acabe por parecer sempre diferente. Por exemplo, nesta colecção, para
manipular o tecido, usámos impressão com fuel em tons cobre.
Que expectativas têm para o desfile?
As
expectativas são boas e penso que a colecção é forte. Sobretudo, é uma colecção
que define muito a marca, com peças unissexo e com muita tecnologia ao nível
dos detalhes e dos tecidos.
--
DavidCatalan won last edition of the Samsung Ego contest, during
Mercedes-Benz Fashion Week Madrid, in September. Now, the brand will present
its new collection “No Signal”.
What was the starting point of this collection?
The main reference was TV
interference. Then, the expression “No Signal” came up, and we actually named
the collection after it. We just tried to explore this idea of no signal and
incorporate it into the collection.
How did you do that?
We decided to create some
imperfections on the fabrics, some defects or some stains, for example. We have
this orange denim that isn’t homogeneous, it has some lighter parts.
In this collection, we have a
chromatic chronology: we start with nude tones and the final outfits are brown.
In the middle, there’s a lot of red, which is a reference to the “red noise”.
Is there any connection between your previous collection and this one?
All the items we create are very
detailed. That’s something we always do. In that sense, the two collections are
similar because they have a lot of details and the finishes are similar. The
silhouette is still oversized and we have another cape dress, which is some
sort of a fetish of mine. One can see that I designed both collections, but
they are different, of course.
Is there anything in this collection that stands out?
I think one of the reasons why we
stand out and actually won last contest is the fact that we like to interact
with the materials. Instead of using the same fabric in the same way, we try to
find out new techniques, so that the same fabric looks different.
How do you feel about the show?
We have good expectations and I
think this is a strong collection. In the end, this is a collection that really
defines our brand, because of its unisex aesthetics, and the use of technology,
as far as the fabrics and the details are concerned.
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